terça-feira, 8 de março de 2011
"Dia de Fúria", o enunciado que faz da Arábia Saudita a bola da vez.
Pelo andar da carruagem e pelo ritmo em que as revoltas estão acontecendo, provavelmente as ditaduras pouco a pouco estão sendo varridas no mundo e, vários indicativos apontam que a Arábia Saudita será a bola da vez. Embora os problemas sejam acobertados pelos americanos, a insatisfação na Arábia Saudita também não é de agora, ma s como trata-se de país aliado dos EUA, cria-se um verniz e os problemas não ficam tão expostos.
Os elementos comuns geradores de revoltas geralmente são de ordem política e econômica. Politicamente são estados ditatoriais, ausência de eleições, inexistência de organizações na sociedade civil e sistemas geridos e concentrados em elites familiares. O regime saudita enquadra-se perfeitamente nesse perfil, é um dos fundamentalistas mais autoritários daquela região.
Até hoje a Arábia Saudita é uma monarquia absolutista e o rei exerce ao mesmo tempo a função de chefe de Estado e chefe do governo. Dirigindo com mãos de ferro, nunca teve abertura para a eleição de um Parlamento no reino, além do fato, dissidências públicas não são toleradas e o sistema Judiciário é baseado amplamente na lei islâmica e, todos os direitos femininos foram extintos.
É nesse contexto que a Arábia Saudita vem se tornando um solo fértil para uma eclosão de revoltas. Nesse sentido, já existe inúmeras iniciativas nas redes sociais daquele pai. Entre as reivindicações vinculadas na rede se encontram, a eleição direta dos governantes, a independência do poder Judiciário, liberdade política, liberdade de expressão, salário mínimo acima de dois mil dólares, reforma das Forças Armadas e igualdade de direitos para as mulheres.
Outro sinal de alerta é a movimentação nas redes sociais da internet, uma característica que se tornou recorrente nas revoltas árabes, é um chamamento no Facebook convidando os sauditas para um “dia de fúria” na próxima sexta-feira dia 11. Eu vos digo, quem sobreviver verá!
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