Mahatma Gandhi
PATRÍCIA GALVÃO
Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, nasceu em São João da Boa Vista (1910 – 1962) foi uma escritora e jornalista brasileira. Militante comunista teve grande destaque no movimento modernista iniciado em 1922. Foi a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas.
Com 18 anos, mal completara o Curso na Escola Normal da Capital (São Paulo, 1928) e já está integrada ao movimento antropofágico, de cunho modernista, sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. É logo considerada a musa do movimento. Mas, em 1930, escandalizou a sociedade conservadora de então: Oswald separa-se de Tarsila e casa-se com Pagu. No aspecto político, os dois se tornam militantes do Partido Comunista.
Ao participar da organização de uma greve de estivadores em Santos Pagu é presa pela polícia política de Getúlio Vargas. Era a primeira de uma série de 23 prisões, ao longo da vida. Logo depois de ser solta, em (1933), partiu para uma viagem pelo mundo, deixando no Brasil o marido e o filho.
Em 1935 é presa em Paris como comunista estrangeira, com identidade falsa, e é repatriada para o Brasil;. Separa-se definitivamente de Oswald, por conta de muitas brigas e ciúmes. Ela retoma sua atividade jornalística, mas é novamente presa e torturada pelas forças da Ditadura, ficando na cadeia por cinco anos.
Ao sair da prisão, em 1940, rompe com o Partido Comunista, passando a defender um socialismo de linha trotskista. Integra a redação de A Vanguarda Socialista junto com seu marido Geraldo Ferraz.
MARGARIDA ALVES
Margarida Maria Alves, trabalhadora rural, presidente do Sindicato de Trabalhadores rurais de Alagoa Grande, município do Estado da Paraíba, foi covardemente assassinada por um pistoleiro, a mando dos usineiros da região do brejo paraibano.
O crime brutal aconteceu em 12 de agosto de 1983, Margarida estava em frente a sua casa com o marido e o filho, quando um matador de aluguel deu um tiro de espingarda calibre 12,em sua cabeça. Dos cinco acusados de serem os mandantes do crime, apenas dois foram julgados e, em seguida absolvidos.
As mulheres trabalhadoras rurais brasileiras iniciaram a sua organização a partir de movimentos sociais específicos. É nesse contexto que Margarida torna-se uma das mulheres pioneiras na luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais no Brasil, desde então, 1973 ocupava a presidência do STR e, na época da sua morte havia movido 73 ações trabalhistas contra os latifundiários da região, desafiando o poder ali constituído.
Como símbolo de resistência e também de luta, ela nunca se rendeu às ameaças dos ricos, e era categórica em afirmar: “é preferível morrer lutando, que morrer de fome". Após a sua morte tornou-se um símbolo da existência e da resistência das mulheres trabalhadoras rurais.
LEILA DINIZ
Leila Roque Diniz, nasceu em Niterói. No dia 25 de março de 1945, morreu em 1972. Formou-se em magistério e foi ser professora do jardim da infância no subúrbio carioca. Aos dezessete anos, se apaixonou e casou-se com o cineasta Domingos de Oliveira. Seu curto relacionamento durou apenas três anos. Foi então que surgiu a oportunidade de trabalhar como atriz, tendo trabalhado em inúmeras novelas e filmes.
Pode ser considerada uma mulher à frente de seu tempo, tornou-se um símbolo irreverente da resistência à ditadura nos anos 60, com um vocabulário afiado, Leila incomodava aos mal-humorados de plantão por revelar uma fórmula alegre de vida, agindo sem hipocrisia, vergonha ou pudor, derrubando convenções e tabus. Defendia o amor livre e o prazer sexual, num tempo de machismo e conservadorismo absolutos. Além disso, foi a primeira brasileira a aparecer grávida, de biquíni, numa fotografia de revista, em 1971.
Ao dar uma entrevista ao Pasquim em 1969, escandalizou a tradicional família brasileira por falar abertamente sobre todos os assuntos, e disse: " Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo". Essa matéria proporcionou a edição mais vendida do Pasquim em todos os tempos. E foi o estopim para a instauração da censura prévia à imprensa, mais conhecida como Decreto Leila Diniz.
Aos 27anos, ao voltar da Austrália, onde foi recebeu um premio como melhor atriz, no Internacional Film Festival, pelo desempenho no filme "Mãos Vazias", Leila Diniz morre num desastre aéreo, em viagem de volta ao Brasil. Mais tarde, seus últimos registros, documentados num cartão postal para sua filha Janaína e em seu diário, revelariam sua felicidade por ser mãe e estar em paz com a vida.
CHIQUINHA GONZAGA
Nenhum comentário:
Postar um comentário