Como definir os sentimentos que estão expressos no carnaval? Até onde é uma festa popular ou, um antro de manipulações?
Sem confetes, alegorias o texto será organizado em “alas”.
COMISSÃO DE FRENTE.
Vamos então para a definição de Carnaval : s. m. 1. Folc. Período de três dias de folia que precede a quarta-feira de cinzas. 2. Folguedo, orgia. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" do grego significa carne e "valles" significa prazeres. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)
ALA DOS IGREJEIROS;
Para os babacas igrejeiros, trata-se de uma festa profana, ou seja, uma festa para os deleites da carne, ocasião em todo mundo cata todo mundo. Uma grande suruba coletiva que ignora os princípios religiosos. Isso porque, a festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma.No entanto, esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma.
No entanto, com o passar dos anos e pela ausência de fieis nesse período as igreja tiveram que se adaptar e criaram uma espécie de genérico carnavalesco, são os tais carnais “de cristo”, “de Jesus”. Adaptaram-se temas e letra, no caso das marchinhas, em vez de, A PIPA DO VOVÔ NÃO SOBE MAIS, coloca-se no lugar de VOVÔ, alguma coisa relaciona aos valores da igreja, do tipo bispo, pastor, padres etc... Na verdade é uma grande pegação santificada.
ALA DOS POLÍTICOS;
Os políticos brasileiros sempre viram o Carnaval como uma grande oportunidade de amenizarem a ansiedade e, de manipular o povo em relação aos interesses do Estado. Nossos governantes sempre se utilizaram da máxima predominante em Roma durante o período de sua ascensão do império, a velha prática do "pane et circus" ou seja, pão e circo e terá um povo feliz.
Durante esse carnaval, o que mais se viu, além de seios e bundas, foram políticos alegremente desfilando em escolas de samba, como se tudo estivesse perfeito. Suas táticas são muito simples, utilizar-se das regalias do poder, dando o mínimo necessário para a população, coisas como futebol e carnaval. Assim, os problemas são esquecidos ou deixados temporariamente de lado.
ALA DOS APROVEITADORES;
É uma alusão ao bloco composto por picaretas da pior espécie, que descaradamente exploram pessoas que acreditam que extrapolar no carnaval resolve todos os seus problemas. Numa reportagem da TV, vi duas amigas de São Paulo que guardaram mensalmente algumas economias e, dispuseram de aproximadamente ou 8 mil reais, para comprar abadás e saírem em 10 blocos carnavalescos da Bahia.
Estranha forma de prazer, pagar até 800 reais num único “abadá”, e passar o dia com um sanduba de pão com mortadela.Cabe lembrar ainda, o preço dos camarotes no Rio e demais cidades bem como, as alas formadas para extorquir dinheiro de gringos menos avisados. Por detrás de cada imbecil, há sempre um aproveitador.
ALA DOS MERCENÁRIOS;
Ala dedicada para aquele que buscam dinheiro e espaço na mídia, hoje beijam a camisa de uma determinada escola e, inexplicavelmente no ano seguinte fazem juras de amor para uma outra agremiação. Poderia ser chamada também de Ala dos sem vergonhas ou, Ala dos sem caráter.
ALA DOS APAIXONADOS;
Esse é o bloco que realmente faz o Carnaval tornar-se a maior e a mais maravilhosa de todas as festas do mundo. São eles que verdadeiramente vivem e morrem pelo carnaval, pela sua escola, dedicam-se, ensaiam, sabem o samba e até cantam. São pessoas capazes de abdicar de muitas coisas importantes no dia-a-dia só para se entregarem aos sonhos de 4 dias na passarela, podendo tranformá-los numa eternidade. São eles, os verdadeiros membros das comunidades, capazes ir ao fundo do poço e ressurgir, capazes de reconstruir em 21 dias aquilo que o fogo levou e, saírem radiantes na avenida como se aquele fosse um momento único na vida.
São aqueles capazes de rir ou chorar, conforme o resultado obtido por sua agremiação ou Escola.
Chega...
É hora de voltar à vida.
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