sábado, 7 de maio de 2011
Falsa ambientalista é acusada de promover safáris ilegais para matança de onças no Pantanal do Mato Grosso do Sul.
O esquema dos safáris ilegais já vinha sendo investigado, mas para desmantelar o esquema, o Ibama contou com o apoio da Polícia Federal e do Exército, que cedeu um helicóptero do 3º Esquadrão Pantera para levar a equipe até uma das fazendas suspeitas.
Na ação mais recente, o ponto de partida para a investigação foi um vídeo que mostra a matança de onças e outros animais silvestres na fazenda Santa Sofia, localizada nas proximidades de Aquidauana, no Panatanal, a 130 km de Corumbá.
As comprovações dos crimes ambientais estão registrados em um vídeo que foi enviado por um estrangeiro à Polícia Federal, nele, se mostra como eram os safáris ilegais, promovidos para caçar onças no Pantanal do Mato Grosso do Sul.
Há nove anos, em matéria do Jornal Nacional a fazendeira aparece como sendo parte de um projeto de preservação de espécies, especialmente de onças pintadas. Nele, pesquisadores monitoravam os animais e, em casos onde o gado fosse morto pelas onças, a pecuarista recebia indenização em dinheiro para ressarcimento do prejuízo.
Foi justamente na Fazenda Santa Sofia, que os agentes da Polícia Federal encontraram duas cabeças de onças; couros de animais silvestres, incluindo o de uma sucuri; doze armas, entre elas, uma pistola 357, fuzis de caça e espingardas; além de centenas de munições foram encontrados também dois alforjes (um tipo de bolsa muito usado pelos caçadores), além de dois tubos de um instrumento de sopro que simulam o esturro, que serve para atrair onças.
As cabeças de onças foram encaminhadas para a sede da Embrapa Pantanal, em Corumbá, onde passam por uma perícia. Somente após o exame é que o Ibama vai lavrar o auto de infração contra a dona da propriedade rural.
O mais curioso, é que a Fazenda mencionada acima, amplamente divulgada pela imprensa nacional é de propriedade da pecuarista e “ambientalista” Beatriz Rondon, que ainda não foi indiciada pelos supostos crimes.
Os detalhes da operação foram divulgados nesta sexta-feira pelo superintendente do Ibama, David Lourenço. Segundo ele, ninguém foi preso ou autuado ainda, porque não houve flagrante e o Ibama aguarda a perícia dos materiais para definir o tipo de punição a ser aplicada.
Estima-se que o valor pago pelos caçadores que participavam de safáris no Pantanal, era de até quarenta mil dólares. Nesse caso, ter uma ambientalista promovendo safáris, vale a máxima popular: É COMO COLOCAR RAPOSA PRA CUIDAR DE GALINHEIRO.
Observo ainda, que, se você matar uma pomba na praça, seguramente, se for denunciado poderá ser preso por crime ambiental. Nesse caso específico, ainda tenho dúvidas que o mesmo vá acontecer, pois "cada caso é um caso".
Fotos: reprodução.
Vídeo disponível no YouTube.
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