"Marcha por uma Copa do Povo: Fora Ricardo Teixeira". Essa foi a manifestação que marcou os preparativos para o início da Copa no Brasil. O manifesto que foi convocado pela Frente Nacional dos Torcedores contou com a adesão de partidos de esquerda e de movimentos sociais.
Um dos objetivos era protestar contra Ricardo Teixeira e entregar à presidente Dilma Rousseff uma bola com documentos relatando denúncias contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a má alocação de recursos públicos na construção de arenas e outros projetos para a Copa.
Para impedir que a multidão se aproximasse da entrada do evento a Polícia Militar do Rio reforçou o policiamento com dezenas de policiais militares a cavalo e agentes com cães nos acessos da Marina da Glória, onde foi realizado a cerimônia da Fifa de sorteio das eliminatórias da Copa de 2014.
Enquanto era feito o sorteio, manifestantes protestavam, na área externa, Com apitos e tambores, alguns carregavam cartazes pediam a renúncia de Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do governador do Rio, Sérgio Cabral. Segundo alguns manifestantes, o motivo da manifestação, além da má utilização de recursos públicos, também seria contra as remoções forçadas por causa das obras de infraestrutura para a Copa do Mundo.
Segundo os organizadores do protesto, mais de 20 mil pessoas serão desalojadas para que suas casas deem lugar a vias expressas. Marcelo Braga Edmundo, coordenador da Central de Movimentos Populares disse que as remoções podem ser evitadas e desrespeitam tratados internacionais de direito à moradia.
“A estimativa é que 130 comunidades sejam removidas. Os números são imprecisos, mas as alternativas até agora têm sido indenizações irrisórias de cerca de R$ 10 mil ou de programas de moradia em locais afastados, de até 70 quilômetros de distância de onde as pessoas vivem hoje.
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