"Toda história tem três lados: o meu, o seu e os fatos." ( Foster Russel)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Arcebispo ortodoxo fala em defesa da Palestina.


Theodosius (Attallah) Hanna, Arcebispo do Patriarcado Greco-Ortodoxo e Patriarca de Jerusalém. Conhecido internacionalmente pela defesa da causa palestina, terra em que nasceu, e por várias obras escritas ao longo de sua vida, o Arcebispo é o responsável, dentre outras funções clericais, pelo Santo Sepulcro, em Jerusalém.

Além de Theodosius, estiveram presentes vários representantes da comunidade árabe em São Paulo. O Patriarca de Jerusalém fez um agradecimento ao Partido Comunista do Brasil e também a outras organizações políticas, sindicais e sociais brasileiras que apoiam a causa palestina, a independência e o fim da ocupação sionista da região.

Em sua intervenção Theodosius conta que sua Igreja mantém bom relacionamento com os partidos nacionalistas da região, desde que não tenham qualquer tipo de relacionamento com entidades ou organizações sionistas.

Para que sejam considerados amigos do povo palestino, aqueles que visitam a região devem definir, de antemão, de que lado estão. Theodosius conta que o Arcebispo de Canterbury viajou à região e, por ter sido recebido com pompas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tornou-se persona non-grata para a comunidada ortodoxa palestina.

"Na questão palestina, nós não negociamos. Somos terminantemente a favor do povo palestino. Nós recusamos o discurso do intermediário, daquele que fica em cima do muro", contou.

"Ao redor do mundo existem muitas pessoas que se dizem amigos de israel. Eles vão até lá, se colocam como seus aliados, contra os palestinos. Na verdade, essas pessoas não são amigas de Israel, porque deveriam dizer com clareza que Israel deveria dar um fim ao sofrimento que inflinge aos palestinos. Se você comete um erro e alguem aplaude esse erro, não pode ser considerado seu amigo", afirmou.

"Não somos contra o judaísmo"

Theodosius conta que a maior oposição que se faz é ao sionismo, à ocupação militar e ao Estado sionista de Israel, não à religião judaica.

"Respeitamos a religiao e o povo, temos amigos judeus que nos visitam e os visitamos, que acreditam como nós que a religião não divide as pessoas. Mesmo que tenhamos diferenças religiosas, somos humanos. Não somos inimigos do povo judeu nem da religião. Recusamos a usar a religião a serviço da política. Israel, como estado de ocupação e ao mesmo tempo judeu, explica a questão judaica e insere a questão sionista contra o povo".

"A palestina é o berço das religiões monoteistas, temos de ser exemplo de relacionamento e de aproximação com os outros. Recusamos que a religião seja usada para questões políticas. Isso se aplica ao judaísmo, ao cristianismo e ao islamismo. Não queremos uma pátria religiosa", prossegue.

Em relação ao processo atual de "judaicização" do Estado de Israel, proposto pela extrema-direita quegoverna o país, Theodosius é claro: "Hoje Isral se propõe ser um estado judeu. Para nós, árabes palestinos, isso é ruim, porque nega a presença de árabes na região. Isso é uma falsificação da história. Nos negamos a aceitar um estado judeu ou islamico, porque nossa experiencia foi muito sofrida com esse tipo de estado".

fonte:Vermelho
Veja matéria completa:
http://vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=159181&id_secao=1

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