No último final de semana, na sexta-feira (25) à noite, um bancário atropelou dezenas de ciclistas que participavam de uma manifestação nas ruas de Porto Alegre. Mas, como todo fato que ocorre sempre tem a prerrogativa de duas versões, por um lado, há aqueles que acusam, por outro ou que se justificam, embora tenha certas situações que são injustificaveis.
"De acordo com o movimento, o condutor bateu em duas bicicletas na altura do Largo Zumbi dos Palmares, de onde os ciclistas saíram pela rua José do Patrocínio. Segundo testemunhas, o motorista parou o carro, esperou que o grupo se afastasse e "pegou distância" antes de acelerar e atingir os ciclistas". Segundo relatos dos participante e, noticiado pela imprensa gaúcha, pelo menos 16 pessoas foram atropeladas — 8 delas foram parar no hospital com muitas escoriações e fraturas.
Por outro lado, Ricardo Neis, 47 anos, disse em seu depoimento para a polícia que teria se sentido ameaçado pelos ciclistas que segundo ele, “Durante todo o caminho, eles foram batendo no carro. A partir de um momento, vi uma brecha e passei um pouco de alguns deles [ultrapassou], eles se enfureceram e começaram a agredir violentamente o carro. Quebraram o espelho, deram vários socos, jogaram a bicicleta por cima”, acusou.
"Ele é um psicopata", afirma Marcos Rodrigues, 27 anos, um dos atropelados. Já o motorista, diz que arremeteu com o carro contra os ciclistas por medo. “Naquela situação, eu me desesperei e tinha que sair dali o mais rapidamente possível para evitar o linchamento”, afirmou à imprensa, na saída da delegacia.
Após ser ouvido, na companhia de dois advogados, o atropelador foi liberado pela polícia. A Polícia Civil não informou qual vai ser o procedimento ou como vai enquadrar criminalmente a conduta do motorista. Ele pode responder por lesão corporal ou por tentativa de homicídio contra os ciclistas.
Se todas as pessoas que se sentirem ameaçadas no caótico transito das grandes cidades e, com isso resolverem atirar seus carros contra pedestres e ciclitas, teremos uma nova modalidade esportiva. Boliche, ou strike em humanos. O que se espera é que prevaleça a verdade e que justiça seja feita.
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