quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Pesquisa revela que no Brasil, a cada 2 minutos, 5 mulheres são agredidas.
A Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc Pesquisa, divulgaram resultado de pesquisa sobre a questão da violência contra a mulher. Embora num passado próximo a violência contra a mulher tenha sido bem maior, os dados atuais ainda apresentam resultados alarmantes: a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil.
A pesquisa foi realizada em 25 Estados, ouviu em agosto do ano passado 2.365 mulheres e 1.181 homens, sendo que 8% dos homens admitem já ter agredido a companheira. O estudo revela ainda, que "Os dados mostram que a violência contra a mulher não é um problema privado, de casal. É social e exige políticas públicas", diz Gustavo Venturi, professor da Universidade de São Paulo (USP) e supervisor da pesquisa.
"Para chegar à estimativa de mais de duas mulheres agredidas por minuto, os pesquisadores partiram da amostra para fazer uma projeção nacional. Concluíram que 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já sofreram agressões - 1,3 milhão nos 12 meses que antecederam a pesquisa. A pequena diminuição do número de mulheres agredidas entre 2001 e 2010 pode ser atribuída, em parte, à Lei Maria da Penha.
Embora a Lei Maria da Penha, tenha papel relevante na diminuição do número de mulheres agredidas e, que hoje haja um expressivo crescimento no grau de consciência, no que diz respeito ao problema da violência contra as mulheres, ainda há muito para ser feito. Entre as ressalvas, é o fato de que a lei é insuficiente, é preciso aproximar o texto, de uma execução efetiva e punição exemplar.
Por que muitas mulheres sofrem caladas?
Quanto à execução da lei, o problema maior fica por conta das Mulheres que moram nas pequenas cidades, primeiro por não ter aonde recorrer quando são agredidas. Por outro lado, quando o fazem, na hora da execução acabam retirando a denúncia - por "amor ou por pressão - para preservar a imagem de seus companheiros. Isso posto, além de gerar a impunidade, estimula a repetição de tais práticas.
De onde vem a violência contra a mulher?
Embora o uso de álcool, drogas ilegais e ciúmes sejam apontados como fatores que desencadeiam a violência contra a mulher. Creio que na raiz do problema está na maneira como a sociedade diferencia o papel masculino e o feminino. Por um lado, o menino é educado para a dominação e poder, já as meninas são valorizadas pela beleza, delicadeza, sedução, dependência, passividade e a submissão.
A Presidenda Dilma, grande defensora dos direitos da mulher, acena para que haja rigidez na execução da LMP, com novos investimentos, interiorização de toda a rede de atenção à violência doméstica – delegacias, centros de apoios etc. Mas, cabe salientar, que disso adiantará se as vítima dessa violência, por razões diversas se mantiverem em silêncio, poupando assim seus agressores.
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