"Toda história tem três lados: o meu, o seu e os fatos." ( Foster Russel)

domingo, 5 de junho de 2011

O Governador do Rio promove "guerra" de corporações, Bope X Bombeiros


Em entrevista à imprensa, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, entre outras acusações chamou de "vândalos e irresponsáveis" os bombeiros que invadiram hoje o quartel central da corporação. Segundo ele, teriam agido por motivação política.

Para Cabral, o movimento tem motivação política. "Eles jamais poderiam se deixar seduzir pelo discurso fácil, messiânico, fundamentalista, que mistura Bíblia e política", afirmou. "São políticos que já passaram quatro, oito anos no governo e não fizeram um quinto do que nós fizemos".

O governador decidiu exonerar o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros, Pedro Machado, por causa da crise e colocar em seu lugar o coronel Sérgio Simões, que estava atualmente na Secretaria de Defesa Civil do município. Ele afirmou ainda que os 439 presos vão responder administrativa e criminalmente pela invasão.

Muito exaltado, Cabral afirmou que não há motivo para a manifestação, uma vez que, ao contrário do que alegam os insurgentes, o salário dos bombeiros não é o pior do Brasil. "Mesmo que fosse, não justificaria a entrada no quartel de maneira irresponsável, intolerável e abominável".

O Cenário de Guerra

A Invasão do quartel geral dos bombeiros, no centro do Rio, pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar hoje pela manhã, por volta das 6 horas, com o objetivo de conter ou, reprimir o protesto dos bombeiros que ocupavam o local, desde a noite passada, foi uma operação de guerra.

Os homens do Bope, com o uso de explosivos botaram abaixo o portão dos fundos do quartel e entraram detonando bombas de gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral. Houve muito tumulto e rajadas de tiros. Mulheres e crianças que acompanhavam a manifestação ficaram feridas depois da ação do Bope.

Deputados estaduais e integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ) afirmaram que a ação da PM foi truculenta e exagerada.


Os bombeiros reivindicavam aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho e, após serem presos e levados para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, o grupo decidiu entrar em greve de fome.

De acordo com o governador Sérgio Cabral (PMDB), todos vão responder a processos criminais e administrativos e, possivelmente sejam demitidos da corporação.

fots: reprodução

Nenhum comentário:

Postar um comentário