A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou, na terça-feira (21), projeto de “reforma administrativa” do governador Beto Richa (PSDB), ou seja, a estrutura governamental vai passar por uma readequação de cargos para comportar os mais chegados.
Entre as pastas criadas estão as secretarias de Infraestrutura e Logística e de Família e Desenvolvimento Social. Pura coincidência é o fato de que as duas novas superpastas são ocupadas, desde janeiro, por José “Pepe” Richa Filho e Fernanda Richa, respectivamente irmão e esposa do governador. Ambos controlarão de seus gabinetes as transferências federais do PAC e do programa Bolsa Família.
Além da reforma aprovada pelos nossos representantes, os deputados também aprovaram a criação de 295 novos cargos comissionados que custarão aos cofres públicos, em salários, R$ 8,6 milhões por ano aos contribuintes paranaenses, sendo para novo cargo um custo médio de R$ 2.429. No total, 38 deputados referendaram, em última votação, os projetos do governo.
A reforma vem na contramão das expectativas do povo paranaense e contraria o discurso de campanha do então candidato Beto Richa no pleito eleitoral de 2010, pois atual governador fundamentou sua campanha a partir de criticas ao nepotismo existente e ao abusivo número de cargos em comissão existentes no governo Roberto Requião (PMDB), seu antecessor.
Segundo o deputado Tadeu Veneri (PT), a nova estrutura do governo concentra poderes em excesso em membros da família Richa. “Uma única secretaria vai receber todos os recursos do PAC, e a outra, todos os recursos dos programas sociais”. E os dois secretários são o irmão e a mulher do governador, completou Veneri.
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