sexta-feira, 3 de junho de 2011
A nova bactéria E. coli pode ser transmitida de pessoa para pessoa, confirma a OMS.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta sexta-feira que a bactéria intestinal E. coli Enterohemorrágica pode ser transmitida de pessoa para pessoa através dos sedimentos ou por via oral. O que pode ser evidenciado através do aumento do número de doentes em um total de 12 países, totalizando 1.823, dos quais 18 morreram.
"Este tipo de transmissão nos preocupa e, por esta razão, queremos que se reforcem as mensagens relativas à higiene pessoal", declarou a epidemiologista da OMS, Andrea Ellis.
Sobre as vias de transmissão, explicou que o contágio "pode ocorrer sem uma higiene adequada", por isso que uma medida de prevenção eficaz é lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de tocar nos alimentos.
O EHEC tem um período de incubação médio de três a quatro dias, com a maioria de pacientes que se recuperam em 10 dias, mas em uma pequena parte dos pacientes - principalmente crianças e idosos - a infecção pode levar ao SUH, uma doença grave que se caracteriza por causar insuficiência renal aguda.
O SUH é a causa mais comum de insuficiência renal grave em crianças e pode causar complicações neurológicas até 25% de pacientes e deixar seqüelas, mas o risco de mortalidade entre 3% e 5%, segundo dados da OMS..
Em entrevista coletiva, Ellis mencionou que os adultos são os mais afetados, quando normalmente não é o grupo de maior risco, o maior impacto está entre as mulheres por supostamente tenderem a consumir mais vegetais crus em saladas, e acredita-se que é ali onde está a origem da bactéria.
A especialista assinalou que por enquanto todos os casos "estão relacionados com o norte da Alemanha", onde estão concentrados 95% dos casos: 1.213 de E. coli Enterohemorrágica (EHEC), dos quais seis foram mortais; e 520 da Síndrome Hemolítico-Urêmica (SUH), com 11 mortes, de modo que se acredita que a exposição à bactéria esteja "limitada a essa área".
O especialista reconheceu que "há algo nesta bactéria que a torna particularmente virulenta", mas ainda não se decifrou o que é. E, sobre o tratamento, indicou que a OMS desaconselha a administração de antidiarreicos e antibióticos "porque podem piorar a situação", embora "pode surgir casos particulares que os usem".
Questionada se este surto epidêmico é passageiro, Ellis respondeu que "é muito cedo para afirmar".
Texto base: (EFE).- veja lá a matéria completa em 03/06
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