domingo, 26 de junho de 2011
Ben Johnson não nega uso de substâncias ilícitas mas, diz ter sido sabotado por empresário de Carl Lewis
Em sua biografia lançada recentemente nos Estados Unidos, o ex-velocista Ben Johnson abre o verbo e afirma categoricamente que foi sabotado pelo empresário de Carl Lewis, Andre Jackson. Segundo ele, todos os velocistas se drogavam, mas, no entanto, pelo fato do suposto boicote apenas ele foi pego no exame antidoping nos Jogos Olímpicos de Seul-1988.
No livro, Ben Johnson não nega ter usado substâncias ilícitas, mas se defende afirmando que a prática era comum entre os atletas de ponta, o que também já não é novidade pra ninguém. Johnson disse que a estratégia utilizada pelos atletas na época era interromper o uso pouco antes dos exames antidoping e que sempre foi estimulado por seu treinador Charles Francis. Dessa forma, obteve a medalha de ouro cravando 9s79 na final dos 100m rasos, mas acabou perdendo a medalha após ser revelação do doping.
Em entrevista exibida pelo Esporte Espetacular neste domingo, Ben Johnson disse que estava com Jackson na sala do exame e, segundo ele o empresário de Carl Lewis lhe ofereceu algumas cervejas para ajudá-lo urinar. A suposta sabotagem, teoricamente teria ocorrido nesse ponto, pois enquanto ele fornecia cervejas ao atleta, Jackson colocava na garrafa comprimidos com estanozolol, uma substância proibida que aumenta a força e potência dos músculos.
“Eu achei que não era nada. Tomei umas quatro ou cinco garrafas em um período de cerca de sete horas”, afirmou Johnson ao programa. Na ocasião o atleta canadense contou sua versão dos fatos aos dirigentes esportivos de seu país, mas eles se recusaram a acreditar em um atleta que confessava o doping.
O atleta norte-americano Carl Lewis (cujo empresário era Andre Jackson), segundo colocado na prova em Seul, foi o maior beneficiado, pois com o escândalo do doping acabou herdando a medalha de ouro do adversário canadense.
Fontes: portal UOL e G1
foto reprodução
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