"Toda história tem três lados: o meu, o seu e os fatos." ( Foster Russel)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Brasileiro é o novo Diretor-Geral da FAO


Com uma vitória apertada, por 92 votos a 88, o ex-ministro do governo Lula, José Graziano da Silva, vence o adversário espanhol, Miguel Angel Moratinos, na disputa pela sucessão de Jacques Diouf, no comando da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - FAO.

A vitória de Graziano representou a vitória dos países pobres que lutam contra o subdesenvolvimento e o domínio neocolonial na América Latina e África, mas para o Brasil representou a conquista do primeiro posto de relevante entre as organizações internacionais.

José Graziano da Silva possui destacada trajetória profissional vinculada às áreas de segurança alimentar, agricultura e desenvolvimento rural. No governo Lula, ressalta-se sua importância e contribuição como Ministro Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome do Brasil, com a responsabilidade de implementar o programa Fome Zero.

Contrariando a expectativa dos países ricos, não por acaso, pouco antes da votação, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, teceu elogios ao candidato espanhol Miguel Angel Moratinos, porta-voz da Europa e dos interesses do Norte.

A vitória do brasileiro tende a reposicionar o papel da FAO na política internacional, já que ele é um crítico da especulação financeira promovida pelo neoliberalismo. O que se espera agora é que o organismo renovado passe a defender uma política séria de segurança alimentar e justiça social, voltado, sobretudo para as nações latinoamericanas e africanas na luta pelo desenvolvimento.

Lula que trabalhou nos bastidores em prol da campanha de Graziano, passa a ter na FAO, uma possível âncora institucional para seus projetos de cooperação internacional para o desenvolvimento e a luta contra a pobreza e a fome. Já para a presidente Dilma que desenvolveu uma ação centralizada no Itamaraty, a vitória é um trunfo da competência brasileira na política externa, reafirmando o Brasil como líder de uma parte significativa dos países pobres.

Texto base: Carta Maior

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