"Toda história tem três lados: o meu, o seu e os fatos." ( Foster Russel)

sábado, 2 de abril de 2011

Sociedade civil se une contra afirmações xenofóbicas disparadas pelo deputado Jair Bolsonaro.

Tem gente que só abre a boca pra falar merda...

É o caso da ‘última’ entrevista de Bolsonaro quando participava do programa humorístico ‘CQC’, da TV Bandeirante veiculado segunda-feira, 28 de março. Nele, o “representante do povo”, ao ser indagado pela cantora Preta Gil sobre como reagiria se seu filho namorasse uma negra, respondeu sem titubear: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco, meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o seu”.

Nos dias 30 e 31 de março, realizou-se um seminário sobre racismo na Universidade de Brasília. Lá estiveram reunidos alguns dos principais representantes dos direitos da população negra para discutir temas relacionados ao racismo. Durante o Seminário, as entidades de representação dos descendentes afras e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados Federais, decidiram encaminhar uma representação à Procuradoria Geral da República com pedido de abertura de um processo legal contra o deputado por práticas recorrentes de injúrias, ofensas à dignidade e incitação da discriminação e de preconceitos.

Já a ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, considera que as declarações do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) sobre cotas raciais e a possibilidade de um filho se apaixonar por uma mulher negra são “caso explícitos de racismo”. “Não podemos confundir liberdade de expressão com a possibilidade de cometer um crime. O racismo é crime previsto na Constituição”, disse Luiza.

Para a ministra, “qualquer caso de discriminação deve ser repudiado”. Ela disse ainda que espera “firmeza” no posicionamento da Câmara dos Deputados. “O protagonismo é do Legislativo”, afirmou ela e complementou: “O crime tem que ser punido e tem que ser combatido em qualquer lugar, principalmente, se ele é cometido em um espaço como o Parlamento brasileiro.”

Quem acha que isso é grave, que é um crime de racismo e demonstração velada de homofobia, precisa entender a ficha do polêmico parlamentar. Conhecido como ‘Cavalão’ entre seus colegas de quartel no Rio de Janeiro, a origem do apelido tem várias versões, mas o que se sabe também é que Bolsonaro, capitão reservista do Exército que odeia gays. Quanto a isso, eu li no blog de Thereza Pires, o seguinte comentário.

“Vale lembrar que, desde os primórdios da psicanálise, tudo indica que dentro de cada homofóbico mora um gay enrustido. Já diz o conhecido ditado popular: um gambá sempre sente o cheiro de outro”.

Referencias: Portal Geledés e Agencia Brasil
foto: reprodução.

Nenhum comentário:

Postar um comentário