"Toda história tem três lados: o meu, o seu e os fatos." ( Foster Russel)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Che Guevara: 44 anos da morte de um homem e do surgimento do mito


Ele foi um homem que disse exatamente o que pensava, e que viveu exatamente o que dizia. Assim seria ele hoje. Já não há tantos homens talhados nessa madeira. Aliás, já não há tanto dessa madeira no mundo. Mas há os mortos que nunca morrem. Como o Che. E, dos mortos que nunca morrem, é preciso honrar a memória, merecer seu legado, saber entendê-lo. Não nas camisetas: nos sonhos, nas esperanças, nas certezas. Para que eles não morram jamais. Disse Eduardo Galeano, que conheceu o Che Guevara.


Ernesto Rafael Guevara de la Serna, "Che" Guevara, nascido em 14 de junho de 1928, em Rosário – Argentina, foi um político, jornalista, escritor, médico, aventureiro e revolucionário argentino-cubano.

Guevara foi um dos comandantes que lideraram a Revolução Cubana que levou à implantação do socialismo em Cuba. Ele participou da reorganização do Estado cubano, desempenhando vários altos cargos e funções, principalmente na área econômica, como presidente do Banco Nacional e como Ministro da Indústria, e também na área diplomática, encarregado de várias missões internacionais.

Pela consciência revolucionária estava convencido da necessidade de estender a luta armada revolucionária a todo o Terceiro Mundo, Che Guevara lutou no Congo e impulsionou pelo desejo de ver uma América Latina socialista, instalou grupos guerrilheiros em vários países da América Latina.


No dia 8 de outubro de 1967, um Ernesto Guevara magro, maltratado, isolado do mundo e da vida, com uma perna ferida por uma bala e carregando uma arma travada, se rendeu. Parecendo um mendigo, um peregrino dos próprios sonhos, estava magro, a magreza estranha dos místicos e dos desamparados.

Che foi levado para um casebre onde funcionava a escola rural de La Higuera, uma aldeola perdida nos confins da Bolívia. No dia seguinte foi interrogado. Primeiro, por um tenente e por um coronel, ambos bolivianos, e também por um cubano agente da CIA. Em seguida assassinado de maneira clandestina e sumária pelo exército boliviano.

O escolhido para executá-la foi um soldadinho boliviano, cuja instrução final: não atirar no rosto. Só do pescoço para baixo. Primeiro o soldadinho acertou braços e pernas do Che. Depois, o peito. O último dos onze disparos foi dado à uma e dez da tarde daquela segunda-feira, 9 de outubro de 1967. Quatro meses e 16 dias antes, o Che havia cumprido 39 anos de idade.


Morria o homem e nascia o mito.

Foi considerado pela revista norte-americana Time uma das cem personalidades mais importantes do século XX. Para muitos, Che representa a rebeldia, a luta contra a injustiça social e o seu espírito revolucionário incorruptível ainda embala as grandes manifestações populares.

Seu retrato fotográfico, é uma das imagens mais reproduzidas do mundo e um dos ícones do movimento contracultura. Tanto a fotografia original como as variantes produzidas a partir do seu rosto, têm sido intensamente reproduzidas, para uso simbólico, em grifes, artístico ou publicitário no mundo inteiro.


HASTA SIEMPRE COMANDANTE!



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