segunda-feira, 31 de outubro de 2011
31 de outubro: o dia de Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade, nascido no dia 31 de outubro de 1902, Itabira, Minas Gerais, cidade cuja memória viria a permear parte de sua obra.
Atendendo a insistência da família em graduar-se deixou para trás sua cidade natal e partiu para estudar em Friburgo e Belo Horizonte. Trabalha em Belo Horizonte como redator em jornais locais até mudar-se para o Rio de Janeiro, em 1934.
Em 1930, seu livro "Alguma Poesia" foi o marco da segunda fase do Modernismo brasileiro. O autor demonstrava grande amadurecimento e reafirmava sua distância dos tradicionalistas com o uso da linguagem coloquial, que já começava a ser aceita pelos leitores.
Drummond também falava sobre temas como o desajustamento do indivíduo, ou as preocupações sócio-políticas da época, como em “A Rosa do Povo” (1945). Apesar de trabalhar com temas fortes, ele sempre conseguia encontrar leveza para manter sua escrita com humor e uma sóbria ironia.
Quando faleceu, em agosto de 1987, já havia destacado seu nome na literatura mundial. Com seus mais de 80 anos, considerava-se um "sobrevivente", como destaca no poema "Declaração de juízo".
Carlos Drummond de Andrade deixou uma vasta obra.
Drummond também falava sobre temas como o desajustamento do indivíduo, ou as preocupações sócio-políticas da época, como em “A Rosa do Povo” (1945). Apesar de serem temas fortes, ele conseguia encontrar leveza para manter sua escrita com humor e uma sóbria ironia.
O Poeta Drummond faleceu aos 84 anos, em 17 agosto de 1987, no Rio de Janeiro, destacado na literatura mundial deixou uma vasta obra. E, aos 80 anos, considerava-se um "sobrevivente", como destaca no poema "Declaração de juízo".
Mãos Dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Carlos Drummond de Andrade
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