A fotografia não é apenas a captura ou congelamento de uma imagem, na maioria das vezes, ela vem acompanhada de uma mensagem. No caso da foto acima, ela ilustra o livro “A vida quer é coragem”, de Ricardo Amaral, que traz uma biografia da presidente Dilma Rousseff.
Dilma, com 22 anos de idade, embora ela tivesse sido presa em São Paulo acusada de subversão contra o regime militar, o seu interrogatório ocorreu na sede da Auditoria Militar do Rio de Janeiro, conforme a foto de novembro de 1970 (10 meses após Dilma ter sido presa).
Existe uma diferença considerável nas expressões e posturas daqueles que seriam o foco da fotografia. Por um lado, era o olhar e a expressão altiva de uma moça de pouco mais de 20 anos tinha ao enfrentar o abuso dos militares, mesmo depois de dias e dias de tortura, humilhação e maus-tratos.
Do outro, as mãos que encobrem o rosto dos oficiais que se sentavam no tribunal militar que julgaria e condenaria a “subversiva” por terem “atentado contra o regime para a tomada do poder pela luta armada, dentro de um plano com outras organizações terroristas, através [sic] do incitamento, propaganda subversiva e posse de armas e outros atos terroristas”.
Não era um gestual de medo de serem atacados pela “guerrilheira/ subversiva”, talvez, fosse um gesto inconsciente de “vergonha” pelas brutalidades cometidas contra aqueles que ousavam sonhar.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Dilma Rousseff: a verdade não esconde o rosto
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