No sábado (12), Silvio Berlusconi entregou a carta de renúncia ao presidente Giorgio Napolitano. A confirmação foi anunciada pela equipe do palácio presidencial do Quirinal.
Foi “emocionante” ver os italianos saíram às ruas no domingo (13) para comemorar a renúncia de Berlusconi, que mesmo envolvido em inúmeros escândalos envolvendo corrupção e prostituição se manteve no poder nos últimos 17 anos, tendo exercido por três vezes a função de primeiro-ministro (1994/95; 2001/05; e 2008/11).
Berlusconi, bravateiro e depravado, com suas aventuras amorosas envolvendo prostitutas menores botou fogo na moral puritana do povo italiano, formada a partir dos princípios da moralidade cristã. Os escândalos do Berlusconi só perderam para os casos de pedofilia da igreja. Além disso, enquanto o político aumentava sua fortuna pessoal, afundava o país numa das mais graves crises econômicas da sua história.
A festança para a queda berlusconesca aconteceu com maior intensidade em Roma, em frente ao palácio do governo, uma parte dos manifestantes cantavam de contentamento, outros grupo mais exaltado, aos gritos esculhambavam com o fascistóide que se projetou na política graças a cartolagem e ao seu império midiático.
O político disse que ficou "sentido" por conta dos protestos e das vaias recebidas após a votação no Parlamento no sábado. "Foi algo que me doeu profundamente".
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