"Toda história tem três lados: o meu, o seu e os fatos." ( Foster Russel)

sábado, 5 de novembro de 2011

Alfonso Cano, líder das Farc morre durante "combate"


Alfonso Cano, líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foi morto por tropas do Exército da Colômbia “durante cambate”, na sexta-feira (4), conforme informou o Ministério da Defesa.

O ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzon, e o governador do departamento de Cauca, Alberto Gonzalez Mosquera, informaram que Cano foi morto em uma operação nas montanhas do sudoeste do país, região onde o líder das Farc estava há dois meses, acompanhado de quatorze guerrilheiros.

De acordo com Pinzon, as forças do governo bombardearam um acampamento das Farc no Estado de Cauca. Depois do bombardeio os soldados chegaram de helicóptero na área e mataram Cano e vários outros integrantes do grupo em um tiroteio.

Em um discurso transmitido pela televisão, o presidente Juan Manuel Santos, subserviente do governo americano, afirmou que este foi "o golpe mais devastador" que o grupo já sofreu. Segundo ele, foi o golpe mais contundente da história das Farc que foram enfraquecidas ao longo dos anos por uma série de vitórias das autoridades colombianas.

A relação de Alfonso Cano com as Farc.

As Farc foram fundadas em 1964 e desde então vêm lutando contra as forças do governo colombiano com o objetivo de estabelecer um regime marxista no país. No entanto, o grupo rebelde foi enfraquecido pela ofensiva militar que começou há dez anos.

Cano, um ex-professor universitário de 63 anos, cujo nome verdadeiro é Guillermo León Saenz, estudou direito e antropologia na estatal Universidade Nacional, em Bogotá, oriundo de uma família de classe média, ingressou nas Farc após militar nos anos 1970 nas juventudes do Partido Comunista, onde chegou a ser um de seus principais dirigentes. Como líder estudantil, foi detido após uma série de protestos na Universidade Nacional.

Nos anos 1980 esteve à frente da criação da União Patriótica, um partido político formado como parte das negociações de paz realizadas com o governo do presidente conservador Belisário Betancourt (1982-1986).

Após a ruptura destes diálogos e com o advento de uma campanha na qual mais de 3 mil militantes da União Patriótica foram assassinados, Cano mergulhou de cabeça nas atividades militares das Farc e recebeu a incumbência de dirigir o bloco noroeste na região de Urabá (fronteiriça com o Panamá).

Posteriormente, liderou a delegação negociadora da guerrilha nas negociações realizadas em Caracas, em 1991, e em Tlaxcala (México), em 1992, quando sua figura com uma espessa barba e grandes óculos tornou-se familiar.

Cano tinha fama de “moderado” dentro das Farc e, tornou-se o seu principal líder após a morte de Jorge Briceño, conhecido como Mono Jojoy, que morreu vítima de um bombardeio em setembro de 2010 na Colômbia.

Sobre sua vida privada, a maior parte dos detalhes não é conhecido, embora um de seus irmãos, que havia pedido a ele que se desmobilizasse e se reincorporasse à vida política, tenha sido membro do Conselho de Bogotá em nome do partido de esquerda Polo Democrático.

Com informações do JB.

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