"Toda história tem três lados: o meu, o seu e os fatos." ( Foster Russel)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A China desconfia do acordo da dívida dos EUA firmado pelo Barack Obama e o Congresso americano


"Embora os Estados Unidos tenham evitado a moratória, os problemas de sua dívida soberana seguem sem ser resolvidos, já que só foram adiados para depois", disse o diário porta-voz do Partido Comunista da China em um editorial.

A China, principal credor dos Estados Unidos, desconfia do acordo fechado pelo Barack Obama e o Congresso americano para evitar a moratória, por entender que trata-se de um solução imediatista a curto prazo, mas não assegura a garantia do futuro de sua economia, segundo publicou nesta terça-feira o oficial "Diário do Povo".

Segundo o jornal, o problema do endividamento "gerou uma nuvem de incerteza sobre a recuperação da economia americana e aumentou os riscos enfrentados pelo sistema econômico mundial". Especificamente, no caso da China seria desastroso, pois a instabilidade que a questão da dívida pode gerar no dólar tornou-se uma preocupação para os chineses, já que esta moeda representa 70% de seus 3,2 trilhões de reservas de divisas.

A Standard & Poor's, empresa de classificação de riscos, advertiu que pode rebaixar a qualificação da dívida dos EUA mesmo com o acordo firmado, fato que diretamente afetaria a China, principal compradora de bônus americanos, com um total de US$ 1,16 trilhão.

"Não se pode descartar a possibilidade de uma baixa na qualificação da dívida se Washington não alcançar um equilíbrio a longo prazo para seu endividamento", disse Chen Daofu, diretor do Centro de Pesquisas Políticas do Conselho de Estado da China, em declarações ao oficial "China Daily".


Com a lei americana, teoricamente a crise da dívida americana chega ao fim, pelo menos temporariamente. A preocupação agora passa a ser com as próximas avaliações das agências de risco, que ameaçaram reduzir a nota AAA dos EUA. Como consequência disso, Obama vê sua reeleição cada vez mais distante.

Com informações da EFE.
Imagens: reprodução

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