Numa medida que deve deixar muitos gregos e estudiosos horrorizados, o Ministério da Cultura da Grécia informou nesta terça-feira que vai abrir alguns de seus mais estimados sítios arqueológicos para empresas de publicidade e de outros setores.
O Ministério disse que a medida é uma formas sensata de ajudar a "facilitar" o acesso às ruínas gregas e que o dinheiro gerado será usado na manutenção e monitoramento dos locais. O primeiro local a ser aberto será a Acrópole.
Iniciativas como essa são, há décadas, condenadas por arqueólogos como um sacrilégio. Mas o Ministério da Cultura disse que o aluguel de sítios históricos será sujeito a condições rigorosas.
De acordo com instruções ministeriais datadas do final de dezembro, uma empresa comercial pode alugar a Acrópole para que fotografias profissionais sejam feitas no local por € 1.600 por dia. Manifestantes também poderão alugar locais históricos.
A Grécia precisa de cada euro que conseguir. Os cofres públicos estão vazios e o país luta para evitar um default histórico em março. A Grécia recebeu ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional em maio de 2010 e está no processo para receber um segundo pacote de resgate, embora enfrente problemas com credores privados para reduzir sua enorme dívida.
O uso comercial de locais arqueológicos era, até agora, responsabilidade do Conselho Central de Arqueologia, que é extremamente criterioso na permissão de acesso.
Nas últimas décadas, apenas um seleto grupo de pessoas, dentre eles a cineasta Nia Vardalos e o diretor norte-americano Francis Ford Coppola receberam permissão para usar a Acrópole, enquanto a maioria dos pedidos para gravação de filmes e comerciais foi recusada.
Com informações do Dow Jones
Via: Economia&Negócios/Estadão
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